18 de julho de 2012

Abandonado

    "Escrito num livro abandonado em viagem
         Venho dos lados de Beja.
         Vou para o meio de Lisboa.
         Não trago nada e não acharei nada.
         Tenho o cansaço antecipado do que não acharei,
         E a saudade que sinto não é nem no passado nem no futuro.
         Deixo escrita neste livro a imagem do meu desígnio morto:
         Fui, como ervas, e não me arrancaram."

Álvaro de Campos (Março 1928), em "II Poesias de Álvaro de Campos", Obras Completas de Fernando Pessoa, Edições Ática, 1991
Fotografia de RUIN'ARTE

Tão abandonado está a ficar este armazém, que completou 3 anos há duas semanas, e nem me lembrei. O tempo não tem chegado para cuidar dele! Mesmo assim, um grande OBRIGADA a todos os que ainda o visitam.



6 comentários:

Teresa Santos disse...

Parabéns.
Os "fieis" não esquecem o armazém e vão aparecendo para ver se há novidades.

Abraço.

Benjamina disse...

Obrigada por lembrar, Teresa

Beijinhos :)

Valter S. R. Lucas disse...

Ola

Desculpe minha ignorância mas que armazém é este?

Manuela Araújo disse...

Olá Bruno

Segundo o autor (GASTÃO DE BRITO E SILVA, do blogue RUIN'ARTE), é um armazém industrial em Xabregas (http://ruinarte.blogspot.pt/2011/11/iii-ano-de-ruinarte.html)

Cristina Pavani disse...

Olá Manuela (nome lindo), a fotografia é encantadora, liberando harmonia e libertando serenidade pelas frestinhas...
Um respeitoso abraço,
Cri.

Manuela Araújo disse...

Olá Cristina Pavani

Esse fotógrafo tem fotos lindas. Também as ruínas tem a sua beleza, é preciso é saber vê-la.

Obrigada pela visita e bem vinda!

Abraço