Vi esta noite o Filme do Desassossego, que anda em digressão pelos salas de espectáculo do país, pela mão do seu realizador, João Botelho, que o apresenta. Não conseguia imaginar como seria possível fazer um filme a partir do Livro do Desassossego, de Bernardo Soares/Fernando Pessoa. Agora percebi que se pode fazer uma obra de arte a partir de outra, sem a estragar.
Ficam aqui no armazém alguns segundos de beleza. Deixo também a ligação para um texto de Daniel Oliveira no Arrastão, de há um mês atrás, que subscrevo inteiramente. Adigressão está no site oficial. Hoje, dia 15, estará em Braga, no Theatro Circo, com sessões às 14h e às 21h30.
10 comentários:
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O quer dizer que é uma expectadora aberta a novidades estéticas na área do cinema:))
E se o filme não desiludiu face à complexidade da obra de Bernardo Soares/F.P., então parabéns ao João Botelho, ao seu profissionalismo e sensibilidade.
Beijinho e um bom dia :))
Josefa
Não sei se viu, mas como conhecedora da obra de Bernardo Soares/F.P., poderá ter/ter tido outra percepção diferente.
Como sou apenas apreciadora mas não conhecedora, adorei o filme.
Foi um espectáculo lindo, lindo. Imagens magníficas!
Tanto que me aconteceu algo que nunca acontecera - querer ver outra vez no dia seguinte. Se não fosse hoje não poder (de tarde não posso e à noite já tenho reserva para a ante-estreia do "Mistérios de Lisboa" - http://www.tvi24.iol.pt/cinema/misterios-de-lisboa-raul-ruiz-antestreia-casa-de-camilo/1198512-4059.html), iria a Braga para ver novamente.
Beijinhos
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Antes de mais, deixe-me corrigir os meus lapsos no 1.º comentário: falta um "que" no início, por isso deve ler-se: "O que quer dizer...". E "espectadora" é com "s", claro, e não com "x" como aí ficou, e que me deixou agora corada de vergonha. Não era Fernando Pessoa que dizia que não suportava uma página mal escrita? Aliás já escrevi sobre isso ao explicitar o contexto da frase "Minha pátria é a língua portuguesa". Coitado, deve ter-se sentido ofendidíssimo com os meus lapsos :))
Agora vamos ao filme. Quando, em Novembro de 2009, divulguei no Direito e Avesso o início da sua rodagem e você comentou esse texto, eu disse-lhe "ao ouvido" que, por norma, não vejo filmes baseados em obras que me marcaram para que não haja interferência com os "filmes" que construí na minha cabeça ao lê-los (e relê-los). Lembra-se? E ainda continuo na mesma. Por isso só pude comentar e alegrar-me por essa sua posição aberta a algo diferente, porque tinha que ser sempre algo de único, como único é aquela espécie de "diário de estados de alma" do B.S.
Também lhe digo que, se mo colocarem à frente dos olhos, não os fecharei e, aí, teríamos outra conversa :))))
Beijinho.
Grato pela dica.
Beijo e bom fim de semana.
Josefa
Se o FP trabalhasse com teclados, com certeza compreenderia :)
Quanto ao filme, acho que não deve hesitar em ver.
Mesmo que ache que não traduz BS (a mim parece-me que sim, mas sou leiga), esteticamente o filme é um deleite!
Para além dos planos e da imagem, do melhor que já vi, há cenas inesquecíveis. E a representação (declamação/ récita /sei lá) do texto sobre a "Educação Sentimental", por Catarina Wallenstein, está fabulosa!
Poderia continuar...
Beijos
Manuel
Obrigada e bom fim de semana :)
Blog giro, ofereço-te o meu selo oficial :P
Dia 6 de Novembro passa por aqui, quero ver se não perco.
Mas com o "desassossego" em que ando, não sei ...
Diogo Alves
Obrigada pela visita :)
Eduardo
Pois não perca, que é uma beleza!
Ponha um lembrete no telemóvel, ou peça a alguém lá de casa que lhe lembre :)
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