Já me basta de sabedoria
eu para aqui me fico
que descanso este silêncio
estarão dormindo
talvez ausentes.
De lá fora
só cantares de pássaros
e o murmúrio da brisa nas árvores altas
aqui e além
um grito de criança divertida.
A luz cai oblíqua
e eu estirado
a sentir o tempo passar.
Que ninguém chore.
Henrique Risques Pereira, em Transparência do Tempo, edições Quasi, daqui. Pintura também de Risques Pereira, sem título, 1949, guache, aguada e tinta-da-China sobre papel, colecção Fundação Cupertino de Miranda
4 comentários:
"que ninguém chore."
Apresso-me a rir de tudo, com medo de ser obrigado a chorar ...
Beijos.
É chegado o tempo do descanso?
Manuel Marques
Mais vale rir que chorar...
Os motivos para chorar são tantos quando olhamos para o mundo à nossa volta, que por vezes nos temos de barricar um pouco e olhar para as coisas boas, e pedir que não chorem para não nos lembrarem das más...
Um abraço
Ferreira-Pinto
Bem o dizes, acho estou mesmo a precisar de descanso...
Bom fim de semana
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