1 de fevereiro de 2010

Tempo de Poesia

"Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qu'a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia."

António Gedeão, em Movimento Perpétuo

17 comentários:

Ana Paula Sena disse...

É um belíssimo poema, Benjamina.
Gosto imenso de tudo do António Gedeão, assim como sou grande admiradora do Rómulo de Carvalho.

Um abraço :)

Benjamina disse...

Pois é, Ana Paula, ainda não sei se ele se achava mais um poeta ou mais um químico, mas para nós com certeza será sempre muito mais um poeta.
Boa semana

Anónimo disse...

Primeiramente parabéns pelo blog, é de ótima qualidade! E por este motivo venho fazer o seguinte convite:

O Blog “Palavras que falam por mim” foi criado para você que adora exprimir seus sentimentos em palavras, sejam elas suas ou não. E que, além disso, adora compartilhar-las. Então, quer expressar seus sentimentos, gostos, opiniões (e etc) e através deles divulgar seu blog?
Para participar basta enviar as “Palavras Que Falam” por você (e até mesmo a imagem que deseja ser postada. É opcional.) para palavrasquefalampormim@gmail.com, e estarei publicando e divulgando teu blog.

Já tive outros blogs nos quais deixei durante muito tempo as palavras falarem por mim, mas agora gostaria de ter o prazer de lê-los e com isso fazer com que mais e mais pessoas os leiam.

No dia 1º de Março estarei colocando em votação os Blogs que mais participarem. O ganhador terá um Menu no blog durante 30 dias para divulgação do mesmo.
Lembrando que os blogs já estarão sendo divulgados juntamente com os posts.

Sugestões serão bem vindas.

Aguardo suas palavras!

Forte abraço!

Ҝค ღ

Eduardo Miguel Pereira disse...

Bonito poema, de alguém que precisava de poesia como do ar para viver.

Unknown disse...

Poesia - divina música da alma!

Anónimo disse...

Belo e oportuno poema para os dias que correm... curioso, não é? Tudo de bom.

Quint disse...

Um químico é um poeta dos elementos e um poeta é um químico da palavra!

Teresa Santos disse...

E não será verdade Benjamina? Não será verdade que a poesia (se os nossos olhos, os nossos sentidos estiverem despertos) é uma constante na nossa vida?!
Pobres daqueles que não a sentem!
Há uma prendinha para o Armazém na minha "casinha bloguenta".
Beijinho.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amiga Benjamina,

A poesia e essencial à vida. Faz parte da vida, em todos os momentos.

Belíssima escolha, Gedeão é um dos nossos maiores poetas.

Beijinhos

Benjamina disse...

Palavras que falam por mim:

Muito obrigada pelo convite, participarei, com certeza, e em breve.

um abraço

Benjamina disse...

Eduardo
É verdade acho que o Rómulo de Carvalho devia ser mesmo assim!

Benjamina disse...

manuel marques
Bem dito, concordo, mas não dispenso também a música, que muitas vezes também é poesia e divina.

Benjamina disse...

Ferreira-Pinto
Mas que alquimista das palavras me saíste :)

Benjamina disse...

Teresa
É sempre tempo de poesia. Mas eu, que nada sei de poesia, a não ser que gosto (ou não, claro), infelizmente
suspeito que o sofrimento aguça a criatividade, mas gostaria muito que alguém me dissesse o contrário.

Obrigada pela prendinha, ainda para mais vindo de uma mulher corajosa! Vou já lá agradecer e buscar.

Beijinhos

Benjamina disse...

Olá amiga Fernanda
Também acho que a poesia é muito importante, quem sabe essencial - mas conheço muita gente completamente alheada da mesma e lá vai vivendo feliz e contente.
Também gosto muito de Gedeão, tem poemas lindíssimos!
Beijinhos

Benjamina disse...

poemar-te

Oportuno é hoje, oportuno foi ontem, e será provavelmente oportuno amanhã.
É mesmo curioso como há escritos e pensamentos que julgamos de um presente e que se mantém válidos sabe-se lá até quando!

Quint disse...

Fraco alquimista, fraco ... minha amiga; as minhas palavras são latão quando era mister que fossem ouro!