16 de dezembro de 2009

Closed Zone

10 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amiga Benjamina!

Completamente engaiolados!
Mais uma vergonha para o Mundo.
Numa altura em que tanto se fala da queda do muro de Berlim, esquecem-se de referir que agora ainda há mais do que dantes.

Triste realidade.
O pássaro na gaiola, fez-me lembrar o livro _ I Know Why The Caged Bird Sings de Maya Angelou.

Beijinhos

Quint disse...

Pois é, mas esta é uma triste realidade que mexe com um "lobby" poderoso pelo que não convém que se fale muito!

Maria Josefa Paias disse...

Que vídeo interessante, feito por gente inteligente.
Ainda bem que não sofro de claustrofobia, mas é um incómodo semelhante que se experimenta ao vê-lo.
Obrigada Benjamina.
Beijinho.

Anónimo disse...

Se é isto o Mundo desenvolvido... é realmente uma triteza... :(( Para te mostrar Benjamina porque é que o humano não "cresce" espiritualmente, vou aqui deixar-te um texto de um blogue que eu adoro, chamado de Irrealidade Prodigiosa, o seu autor é para mim uma pessoa com uma mente iluminada... fora do comum: António Valera. Ajuda-nos a compreender de uma forma simples e acessível o que nós somos.


«Há dias vi um programa que recreava a primeira viagem a Marte. Costumava olhar para estes programas com um sentimento de prazer que vinha de um orgulho pela capacidade criativa da Humanidade, uma das razões pelas quais aprecio viver. Mas dei comigo a ver o programa e a ter uma sensação algo diferente.

Como é sabido a institucionalização das Ciências Sociais deu-se durante o século XIX. Com essa institucionalização pretendia-se resolver problemas políticos e sociais de uma forma “científica”, o que na altura significava cientismo e determinismo.

A consagração das Ciências Sociais na Academia ocorreu, assim, como uma espécie de prestação de serviços ao poder. Uma assessoria científica à governação, que permitiu e incentivou o aparecimento de estruturas a elas dedicadas nas principais universidades europeias.

Foram tempos de determinismo. De um determinismo útil para o controlo tecnocrático dos movimentos sociais e políticos de mudança.

O século XX foi, em boa medida, um século bipolarizado entre a crescente afirmação dos determinismos de 1ª e 2ª geração (estes últimos nados bem dentro de novecentos) e o seu combate, através da defesa do particular, do criativo, do espaço de acção individual e espontânea, em suma da humanidade. A tecnocracia, contudo, foi-se impondo e tudo contaminando. E, na sua florescente e afirmativa radicalidade, foi fortalecendo um ideal mais antigo, iniciado na adolescência da modernidade: o Ideal do Progresso Ilimitado (A irrealidade prodigiosa da modernidade).

Este ideal tomou mentes e sistemas. Crescer, aumentar, acelerar, mais, tornaram-se palavras associadas a um ideal de vida, pessoal, grupal ou institucional. A bola de neve cresceu e estamos chegados ao ponto já não de controlo, mas de um descontrolo tecnocrático. E perante os problemas do “gigantismo”, muitos respondem com o fugir para a frente, ou seja, tentar crescer ainda mais, acelerar ainda mais, numa dinâmica que, não me canso de dizer, é menos própria do homem e mais da sua tecnologia.

Acontecimentos como os de Copenhaga, que se pretendia uma unidade de concepção de travões e de iluminação das consciências sobre os limites do ilimitado, parecem não estar a funcionar. Parece que não nos resta senão continuar a fugir em frente, qual nuvem de gafanhotos, e ultrapassar as fronteiras do planeta, como um dia ultrapassámos as dos oceanos. Espaço aqui vamos nós.»
Publicada por A.C.Valera em 09:07

Desculpa a extensão, mas achei muito revelador.

cão sem raiva disse...

Artisticamente pertinente,
realisticamente desolador.
E assim vai o mundo...

Manuela Freitas disse...

Olá Benjamina,
Filme muito interessante, feito com muita inteligência, para mostrar o mundo angustiante em que muitas pessoas vivem. Aquelas mãos realmente angustiaram-me bastante!...
Beijos,
Manuela

Teresa Santos disse...

Eu queria ser pássaro! Eu queria amputar todas as mãos que nos emparedam, castram, destroiem!
O que fazer a estas mãos imundas?!
Beijinho.

Benjamina disse...

Fernanda, Ferreira-Pinto, Josefa, Fada, Cão sem raiva, Manuela e Teresa

Há mais de dois anos que estão engaiolados, isolados, privados dos seus direitos humanos. Encurralados.
Uma situação insustentável!
É preciso que se fale, sim.

Obrigada, Fada, pelo interessante texto de António Valera, e a todos agradeço o vosso comentário.
Um abraço

Ana Paula Sena disse...

O vídeo está muitíssimo bem feito!
Como é possível manter as pessoas assim fechadas?! Esta situação que existe de forma gritante na faixa de Gaza, é revoltante.
Eu sei que o caso é deveras complexo, mas nada pode justificar manter as pessoas assim circunscritas a uma vida engaiolada.

Obrigada, Benjamina.

Beijinhos.

Benjamina disse...

Olá Ana Paula
Não dá para entender como se deixam pessoas assim tão isoladas e indefesas. É mesmo revoltante. E pouco se fala do assunto...
Obrigada pela visita e beijinhos