"(...) O amor não são prazeres breves e localizados, como sustentava Colette, autora muito da minha estima, é uma vocação de sarça ardente. E estremeço de alegria quando noto nas minhas filhas as mães delas. Pareço uma caninha ao vento. Firme que nem caniço em noite de tempestade. São tão raras as mulheres que habitam a cama como um quadro habita a moldura, em que almofadas, lençóis, colchão, possuem o exacto tamanho delas e nós uma vontade humilde de ajoelhar, diante de tanta miraculosa perfeição. Sejam que horas forem é sempre
- Bom dia
antes da linguagem dos arcanjos. "
- Bom dia
antes da linguagem dos arcanjos. "
António Lobo Antunes, em "Devemos fazer tudo o mais simplesmente possível mas não mais simplesmente do que isso", na Visão de 5/11/2009
Texto integral na Visão, de ontem, online
7 comentários:
Benjamina,
"(...) O amor não são prazeres breves e localizados".
Uma observação dessas parecia que nem precisava de mais palavras, mas elas vieram e são lindas.
Beijos!
Alcides
Olá amiga Benjamina,
Esta foi a primeira vez que li algo de Lobo Antunes que tenha gostado....devo ter escolhido sempre os livros errados, pois não os consigo ler.
Obrigada, é belo.
Vou tentar este.
Beijo
Ná
Olá Benjamina,
O artigo da Visão que referes é uma maravilha, aliás como toda a escrita de Lobo Antunes que considero o maior escritor português, vivo.
Acompanhar a obra dele tem-me dado um gozo intelectual indescritível.
Se gostas de Lobo Antunes e queres segui-lo mais de perto visita, (caso ainda não conheças!) um blog dele que estou a seguir. Para ser mais fácil, é só ires ao meu blog espreitá-lo.
Beijinho, Amiga.
Benjanima,
Aqui fica o link do blog do L. Antunes.
http://alawebpage.blogspot.com/
Beijinho.
Alcides
É mesmo assim, estas palavras de António Lobo Antunes são lindas e não são demais. Tanto gostei que não pude deixar de as aqui armazenar.
Obrigada pela visita.
Um abraço
Fernanda
Não sei se leu o artigo todo na Visão, está o link lá no "post", mas é todo ele uma maravilha. Muito emotivo.
Beijinhos
Teresa
Disse ali à amiga Fernanda que o artigo é uma maravilha antes de ler o seu comentário, que afinal me veio dar razão. Confesso que tenho lido pouco do António Lobo Antunes. Depois do "Memória de Elefante", de que gostei, mas de que me ficou a amargura, fiquei muito tempo sem o ler.
Desde uma entrevista que vi há vários anos até à última, acho que ele mudou muito.
Visitarei o blogue que me aconselha.
Um beijinho
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