Na revista Única incluída no semanário Expresso, de ontem, a rubrica Perfil apresenta um artigo intitulado "A torto e a direito" sobre o bastonário da ordem dos advogados, Marinho Pinto. Algumas das suas frases, são um testemunho da sua lucidez na análise da realidade deste Portugal:
- "A distribuição da riqueza é mal feita e acentuou desigualdades que lembram alguns dos piores momentos da nossa História. Os partidos políticos deixaram de ter um papel de moderação e mobilização e funcionam mais como sindicatos ou aparelhos que lutam por votos para receber os subsídios do Estado, o que descredibiliza o discurso político e as instituições democráticas."
- "Vive-se na espuma mediática criada pelos próprios jornalistas, que já não orientam a sua actividade por critérios de natureza ética e deontológica."
- "A aplicação mecânica da lei leva às piores injustiças. A lei é apenas uma de várias fontes de Direito". "Quando escolhi ser advogado, estava cheio de ilusões e ideais sobre a justiça. Perdi todas as ilusões, mas nenhum dos ideais."
Muito se fala, muito se diz, muito se ataca Marinho Pinto. É certo que ele dispara para muitos lados. Mas não a torto e a direito. À parte generalizações, bem sabemos que há muito de podre no funcionamento das instituições neste país.
Por isso, não tenho como não gostar e não aplaudir a coragem de Marinho Pinto .
- "A distribuição da riqueza é mal feita e acentuou desigualdades que lembram alguns dos piores momentos da nossa História. Os partidos políticos deixaram de ter um papel de moderação e mobilização e funcionam mais como sindicatos ou aparelhos que lutam por votos para receber os subsídios do Estado, o que descredibiliza o discurso político e as instituições democráticas."
- "Vive-se na espuma mediática criada pelos próprios jornalistas, que já não orientam a sua actividade por critérios de natureza ética e deontológica."
- "A aplicação mecânica da lei leva às piores injustiças. A lei é apenas uma de várias fontes de Direito". "Quando escolhi ser advogado, estava cheio de ilusões e ideais sobre a justiça. Perdi todas as ilusões, mas nenhum dos ideais."
Muito se fala, muito se diz, muito se ataca Marinho Pinto. É certo que ele dispara para muitos lados. Mas não a torto e a direito. À parte generalizações, bem sabemos que há muito de podre no funcionamento das instituições neste país.
Por isso, não tenho como não gostar e não aplaudir a coragem de Marinho Pinto .
5 comentários:
Benjamina,
Não conheço Marinho Pinto e não sei se ele conhece o Brasil, mas ele faz uma relfexão interessante sobre os partidos políticos portugueses que é o mesmo que eu penso sobre os brasileiros.
Mas ainda tenho esperanças.
Beijos!
Alcides
Alcides
Infelizmente, os males de Portugal não são exclusivos, e há com certeza casos bem piores.
Mas, não nos consola o mal dos outros.
Porém, nunca percamos a esperança de um mundo melhor. E este senhor (Marinho Pinto) é um daqueles que deixam um rasto de esperança na humanidade.
Óptima reflexão. Marinho Pinto só peca por, às vezes, generalizar e atirar a tudo o que mexe, quando podia ser mais selectivo.
De resto, nada a opor.
E faço meu o seu remate final sobre o não ter como não gostar destes seu espaço.
Obrigada Ferreira-Pinto, e bem vindo a este recente espaço de pedacinhos.
Grande homem este Marinho Pinto!
Tem o coração na boca... coisa rara!
Deveria ser mais valorizado por isso. Estou de acordo; houvesse muitos assim!
Nortenho, como não podia deixar de ser... :))
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